Orgulho
O campeonato nacional de futebol está a chegar ao fim e, quando isso acontecer, os adeptos do clube vencedor desfilarão em caravanas automóveis pelas ruas do concelho buzinando e empunhando bandeiras e cascois para manifestarem o orgulho que sentem pelo seu clube e ainda por mais vencedor.
Aproxima-se a realização do campeonato do mundo de futebol e, mais uma vez, iremos colocar a bandeira de Portugal nas nossas casas e carros, vamos vibrar com as vitórias e ficar tristes com as derrotas.
Em ambas as situações acho legitimo e até salutar manifestar, embora sem fervores excessivos, o nosso clubismo e nacionalismo, mas o que ainda não percebi é porque ainda não se começou também a manifestar o nosso orgulho de sermos Alpiarcenses, com a colocação nas nossas casas da bandeira do concelho, de fazermos desfiles automóveis no feriado municipal, cá por mim anda por aí muito boa gente que tem vergonha de dizer que é de Alpiarça.
É altura de mudar esta atitude e manifestarmos o nosso orgulho de Alpiarcenses que não se envergonham do seu passado, não temem o presente, e serão pioneiros em relação ao futuro.
É altura de banirmos os velhos do restelo, de ousarmos sonhar e termos capacidade de concretizar.
Como o exemplo deve vir de cima, que tal os eleitos municipais dos vários partidos colocarem nas suas casas e carros a bandeira do concelho, à semelhança daquilo que os vi fazer aquando do Europeu de Futebol, quando o Scolari pediu para colocarmos a Bandeira Nacional.
Ou será que têm vergonha dos que os elegeram e da terra que os viu nascer?
Cá estarei para ver.
Aproxima-se a realização do campeonato do mundo de futebol e, mais uma vez, iremos colocar a bandeira de Portugal nas nossas casas e carros, vamos vibrar com as vitórias e ficar tristes com as derrotas.
Em ambas as situações acho legitimo e até salutar manifestar, embora sem fervores excessivos, o nosso clubismo e nacionalismo, mas o que ainda não percebi é porque ainda não se começou também a manifestar o nosso orgulho de sermos Alpiarcenses, com a colocação nas nossas casas da bandeira do concelho, de fazermos desfiles automóveis no feriado municipal, cá por mim anda por aí muito boa gente que tem vergonha de dizer que é de Alpiarça.
É altura de mudar esta atitude e manifestarmos o nosso orgulho de Alpiarcenses que não se envergonham do seu passado, não temem o presente, e serão pioneiros em relação ao futuro.
É altura de banirmos os velhos do restelo, de ousarmos sonhar e termos capacidade de concretizar.
Como o exemplo deve vir de cima, que tal os eleitos municipais dos vários partidos colocarem nas suas casas e carros a bandeira do concelho, à semelhança daquilo que os vi fazer aquando do Europeu de Futebol, quando o Scolari pediu para colocarmos a Bandeira Nacional.
Ou será que têm vergonha dos que os elegeram e da terra que os viu nascer?
Cá estarei para ver.
1 Comments:
Caro Gandalf, este seu post "Orgulho" dá pano para mangas.
E felizmente que há pessoas que embora não sendo naturais de Alpiarça, adoptaram esta terra como sua, defendem-na como sua, vivem nela como sua, enfim comportam-se como verdadeiros Alpiarcenses e têm-lhe muito amor às vezes mais até que os naturais. Ao contrário desses Alpiarcenses "adoptados" temos os inversos, ou seja aqueles que embora sejam alpiarcenses de nascimento não deitam mais alpiarça abaixo porque não podem. Parece que têm um estigma de cá terem nascido, chegam a negar inclusivé as suas origens, quando lhes perguntam de onde são respondem, de Santarém. Nunca mexeram nem mexem uma palha por nada, nunca os vimos numa secção ou direcção de uma colectividade, nunca os vemos na inauguração de um monumento, nunca entraram sequer no Museu dos Patudos, não gastam cá um tostão que seja. Acho que sentem vergonha do passado, por sermos na nossa maioria descendentes de pessoas humildes, de pessoas que venderam aos patrões a única coisa que tinham, a sua força de trabalho, ou que amealharam uns tostões à custa de muito sofrimento e lá foram adquirindo os seus "bocaditos" e cultivando as suas vinhas, que como sabe era a cultura dominante em todo o concelho, ou imigraram para os campos de Vila Franca, de Valada, da Azambuja para fazerem os seus meloais e os seus tomatais, ou que durante largos meses se ausentavam para as "maltesarias" para as podas, as enxertias, as amoiroas. Essas pessoas de Alpiarça eram de uma coragem destemida e exemplar, eram reconhecidos como excelentes profissionais. As economias amealhadas nessas searas e nessas "maltesarias" acabaram por ser investidas cá, uma casita para eles, um tractor, umas alfaias melhores, uma ajuda para o filho/a fazer a casa. Mesmo assim, apesar do nosso atraso em relação a outros concelhos do distrito, penso que relativamente àqueles que também quase dependiam e dependem em exclusivo da agricultura, não somos dos piores, nem estamos na cauda desse grupo. Apesar das acusações mútuas entre as duas forças que têm governado o concelho, quando daqui por umas dezenas de anos a história de Alpiarça se escrever, veremos que atendendo ao contexto das épocas e das mentalidades e condicionantes sociais e políticas, não só dos partidos em si, mas também dos próprios presidentes de câmara, vai provar-se que apesar das divergências ambas as governações de algum modo se complementaram. Daqui por 4 ou por 8 anos, o próximo Executivo, já então composto por gente de uma geração mais aberta, mais coerente entre si e de mentes mais aclaradas, vai colher os frutos e espero seja capaz de concretizar esse tal desejo de deflardarmos uma bandeira verde e negra à nossa janela e dizermos com orgulho. SOMOS ALPIARCENSES CARAÇAS!
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