No dia 11 de Outubro de 2009 os Alpiarcenses foram de novo chamados ás urnas, desta vez para elegerem os órgãos autárquicos.
Depois da 19 horas, contados os votos, encontrou-se um vencedor e com maioria absoluta: a CDU!
As razões que ditaram a derrota do PS e a vitória da CDU já foram, por demais, analisadas pelo que não vale a pena retomar o tema.
Agora, esperam os Alpiarcenses, que a CDU não governe à PS e o PS faça oposição ao estilo da CDU!
Dia 30 de Outubro de 2009, data da tomada de posse dos novos eleitos, a população estará em peso no auditório da Câmara Municipal para assistir a este acto solene que marca, por si só, uma viragem no modo de encarar e resolver os problemas de Alpiarça.
As expectativas são grandes, pelo menos a julgar no modo como se tem vindo a escrever e comentar no Rotundas, verdades até agora caladas ou pelo menos ditas na surdina, são agora escritas e assumidas por quem, há muito as queria proferir.
Espero que não tenham, posteriormente, desilusões!
Dito isto permito-me deixar aqui algumas sugestões ao novo Executivo a saber:
1º A distribuição de pelouros deve ter como critério de escolha o perfil do candidato do eleito e não o facto de pertencer à força vencedora ou derrotada.
2º A composição dos órgãos de apoio à Presidência e à Vereação deve obedecer a um critério de competência e não de favorecimento pessoal baseado no cartão partidário ou participação, mais ou menos activa, na campanha eleitoral.
3º A colocação dos restantes funcionários deve obedecer também ao critério anterior e não a um outro que prefigure qualquer vingança por diferenças de posicionamento politico.
4º Pelo que se vem sabendo a Câmara Municipal de Alpiarça, se fosse uma instituição privada, estaria em situação de insolvência pelo que importa, de imediato, tomar medidas para reverter esta situação gerando mais receitas e cortando nas despesas.
5º Eleição de prioridades, que possam trazer mais desenvolvimento para Alpiarça e para os seus habitantes, a saber; crescimento económico, criação de emprego, sistema de saúde, educação, habitação, meio ambiente e apoio à 3ª idade
6º Na vertente do desenvolvimento económico e criação de emprego destaco a necessidade de se criarem condições para incentivar a vinda de novas empresas, amigas do ambiente, para a zona industrial desenvolvendo de imediato contactos com a AIP, AEP, CIP e o ICEP tornando possível, através de iniciativas atractivas, bem estruturadas e bem apresentadas, a vinda, senão dos dirigentes, mas de altos quadros destes organismos a Alpiarça para observarem” in loco” das boas condições para investimento em Alpiarça por parte de empresas que os contactem para investirem em Portugal.
7º Na vertente da saúde importa, com carácter de urgência, reformular o Centro de Saúde de Alpiarça tanto nas instalações, tornando-as mais funcionais e se necessário ampliando-as, como do quadro de pessoal, aumentando-o na sua vertente de pessoal médico e de enfermagem, se para as instalações bastam parcerias entre a Autarquia e o Ministério da Saúde já para para o pessoal torna-se necessário quase uma operação de charme junto de médicos e enfermeiros, utilizando para isso contactos com as respectivas ordens, que tornem Alpiarça um lugar onde queiram trabalhar e habitar.
8º A educação tem que deixar de ser, de uma vez por todas, um campo de batalha onde se disputam, e eventualmente se ganham ou perdem, as eleições locais.
Defendo, por isso, uma actuação concertada do Executivo Municipal e da Direcção do Agrupamento de Escolas, respeitando cada uma das partes as competências da outra, sem atropelos ou ressentimentos, no sentido de um melhor ensino, que deve ter como únicos destinatários as crianças, homens do futuro e factor de desenvolvimento de Alpiarça.
9º Na vertente da habitação criar condições para reabilitar as casas devolutas e coloca-las no mercado do arrendamento, através de protocolos a assinar com o Ministério ou Secretaria de Estado da tutela; e demolir, de uma vez por todas, as que não possam ser objecto de qualquer intervenção.
10º Na vertente do meio ambiente irradiar, de imediato, as lixeiras a céu aberto, impedir o surgimento de outras criando condições alternativas para que os Alpiarcenses possam colocar o que julgam que pode ser descartado.
Empreender, com a celebração de protocolos com o Ministério do Ambiente, Quercus e demais organizações ambientais, de uma politica agressiva de vigilância e dissuasora de crimes ambientais e de incentivo a uma politica de reciclagem.
Limpar de uma vez por todas a Vala Real e impedir que volte ao actual estado.
11º Na vertente do apoio à 3ª idade esta tem de deixar de ser um negócio milionário para alguns em Alpiarça.
A Câmara Municipal detém uma posição decisória na condução da Instituição José Relvas exerça-a , da forma como o estadista que lhe dá nome, desejaria e deixou expresso no seu testamento.
Ampliem-se as instalações, se necessário, com protocolos a celebrar com o Ministério e Secretaria de Estado da tutela.
Por ultimo desejar que depois destas sugestões não me apelidem nem de céptico nem de anti comunista primário.