Dilema Eleitoral
Dia 27 de Setembro de 2009 vão decorrer eleições para a Assembleia da Republica da qual sairá o novo Governo que irá dirigir o nosso destino, em principio e se não cair antes, durante os próximos 4 anos.
Se muitos já decidiram o seu sentido de voto, uns por coerência partidária, outros por partidarite crónica, outros porque os tachos que ocupam, ou previsivelmente vou ocupar, dependem do seu e dos outros votos que consigam angariar para o partido que lhos ofereceu.
Outros como eu, os sem partido, os de consciência livre e capacidade de crítica navegam num dilema, não existencial, mas eleitoral.
Votar à esquerda significa a perspectiva de uma nova nacionalização dos sectores chaves da economia, completamente de acordo pois a economia portuguesa deve estar ao serviço dos portugueses, mas da sua maioria e não de uma minoria!
O que não posso aceitar é que a gestão dessas empresas seja entregue a gestores nomeados não por um critério de competência e não de fidelização partidária.
As empresas, mesmo as nacionalizadas, operam num mercado muito competitivo, quase uma selva e onde a competência de gestão marca a diferença entre o sucesso e a falência.
Empresas publicas bem geridas, competitivas geram postos de trabalho e lucros que o estado, enquanto conjunto de todos os cidadãos, depois distribuirá pelos diversos sectores onde o estado pode e deve intervir de forma generosa, como a Constituição da Republica Portuguesa prevê, como são o caso da educação, da saúde, da segurança social entre outros.
Mas, existe sempre um mas, o facto de ser idoso, para além de todos aspectos negativos que trás, também tem um aspecto positivo que é o facto de ter assistido ao “vivo e a cores” ao decurso da história recente de Portugal do pós 25 de Abril de 1974!
Nessa perspectiva assistimos à nacionalização de empresas que depois em vez cumprirem a missão para que foram criadas tornaram-se monstros sorvedouros dos recursos públicos!
Empresas como a Rodoviária Nacional, como a TAP, como a RTP, como a RDP, a CP, a Carris, o Metropolitano e agora os Metropolitanos do Porto e do Sul do Tejo são alguns dos exemplos actuais do que atrás escrevi.
Votar no PS, para uns de esquerda, para outros travestido com politicas de direita, será mais do mesmo com um Sócrates a manter um mesmo rumo, de culto da personalidade, de uma governação incapaz de responder aos grandes problemas do país por incapacidade de audição com diversos actores da sociedade portuguesa.
Votar à direita significa, em nome de menos e melhor estado, privatizar sectores que nunca o deveriam ser porque se lucrativos esses lucros devem reverter para a generalidade da sociedade portuguesa.
Entre criticas ao TGV, aos diversos ministros, desde da agricultura, das obras publicas, passando pela educação, saúde a direita arrasta-se numa campanha onde preconiza, agora na oposição, o contrário do que considerava estruturante e decisivo para o desenvolvimento do país!
Novos políticos, com novas politicas, precisam-se!
A credibilidade não pode ser uma palavra afastada do léxico politico, os compromissos assumidos devem ser para cumprir, a sempre eterna “pesada herança” tem que, de uma vez por todas, razão pela qual falham sucessivas legislaturas durante as quais se deveriam encetar reformas que por serem transversais à sociedade portuguesa deveriam ser concretizadas, nem que fosse por mais de uma legislatura, e com governos de diferente posicionamento no espectro político português.
Cumpridas estas premissas eu e muitos não teriam o chamado dilema eleitoral que consiste em saber se devem ir votar e, acima de tudo, em quem!
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