quarta-feira, outubro 07, 2009

Freud e os Portugueses

Caído que foi o pano sobre as eleições legislativas, e depois de muito reflectir, cheguei a uma teoria acerca do eleitorado português que gostaria de partilhar com os escritores e leitores do Rotundas.

Os portugueses são cada vez mais fãs de Freud e não dispensam uma bela “cusquice” e assim analisando o discurso eleitoral de Sócrates compreenderam facilmente de que apesar, de em nome da governabilidade do país e do combate à crise, ele pedir uma maioria absoluta o que ele realmente queria era uma relativa e assim fizeram.

Deram-lhe hipótese de formar governo e continuar a “cuscar” o Presidente da Republica coisa que ficam a saber pelos órgãos de comunicação social e dá assunto de conversa para os que não gostam de futebol.

Os portugueses gostam de ver mudanças e assim sendo toca de dar uma derrota à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, provocando uma crise de liderança que poderá levar a eleições internas antecipadas para um novo líder e, por consequência, à realização de mais um congresso, extraordinário, com mais ou menos discursos inflamados, com mais ou menos alternativas de oposição no parlamento, a que podem assistir em directo nos canais noticiosos no lugar dos filmes repetidos que passam nos canais generalistas.

Os portugueses gostam cada vez menos das empresas de sondagens e cada vez mais de feiras e nessa conformidade enganam as primeiras nas sondagens à boca das urnas e vá de colocar o CDS/PP do Paulinho das feiras e submarinos no 3º lugar do ranking.

Os portugueses gostam cada vez mais de ouvir falar mal da Galp privada que cobra uma exorbitância pelos combustíveis, de Américo Amorim, de José Eduardo dos Santos, Presidente da Republica Popular de Angola, da Mota Engil e de Jorge Coelho, de José Sócrates e dos seus ministros no parlamento, por vezes em tom exaltado que só falta chegar a vias de facto como na 1ª Republica, onde as questões se resolviam à bengalada, e vá de votar no Bloco de Esquerda de Francisco Louçã.

Os portugueses, apesar da crise, são um povo alegre que cada vez gosta mais de diversão e festas a testemunhar isto é o proliferar por todo o país de discotecas e danceterias, mas no capitulo da festas não há nenhuma que supere a do Avante a tal que” não há nenhuma como esta” por isso e em honra dos organizadores e trabalhadores, muitos deles voluntários, lá foram votar CDU e no camarada Jerónimo.

Depois dos portugueses atrás citados aparecem os que são do contra e zás não votam em ninguém e são perto de 40% que com estes políticos” não sabem por onde vão só sabem que não vão por aí”.

Mas como não há duas sem três eis que estamos de novo em campanha eleitoral desta vez para as autarquias locais.

Em Alpiarça já se deu o tiro de partida para a caça ao voto dando conta disso, no seu programa eleitoral, o PS ao prometer um campo de tiro e um clube de caçadores.

Depois apresenta-nos a sua perspectiva para o futuro da nossa terra dividida em eixos que, depois de uma análise mais atenta, nos parecem enquadrados numa qualquer Rosa dos ventos.

A CDU avança e quase nos coloca noutra dimensão, noutra galáxia e talvez porque não na perspectiva de um futuro prémio Nobel alpiarcense, em astronomia, graças ás suas descobertas de factos passados antes do Big Bang e tudo isto graças ao observatório astronómico a ser instalado em Alpiarça!

Como tanto o PS como a CDU apostam no turismo como factor de desenvolvimento que tal, e deixo aqui esta sugestão, a elaboração de um protocolo conjunto entre a Câmara Municipal de Alpiarça e os organismos estatais americanos e russos para a construção, em Alpiarça, de uma infraestrutura para o turismo espacial?

O PSD avança para a politica social, pena que o partido não tenha ganho as eleições legislativas, porque se tivesse ganho teríamos uma consonância que poderia dar bons frutos!

Mas como o PSD perdeu, o país está em crise e a câmara endividada só com um milagre dos deuses a América Cravo poderia ganhar e implementar o seu programa.

Ah! sobre quem vai ganhar em Alpiarça pois...espero que sejam os Alpiarcenses!