segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Analises

O referendo sobre despenalização da interrupção voluntária da gravidez já lá vai e os mais 50% dos portugueses que decidiram não por os pés nas mesas de voto deitaram fora 10 milhões de euros.
Com esta atitude disseram que o resultado não é vinculativo e que a vitória do sim foi de Pirro, e que no final das contas quem teria de resolver o problema seria a Assembleia da Republica como aliás seria solução para o problema na eventualidade de não ter sido convocado o referendo.
Mais, fiquei com a impressão de que os espanhóis devem ter alguma bola de cristal porque as clínicas para a prática do aborto antes de se saber o resultado já tinham previsto abrir portas em Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa está pelas ruas da amargura, o Presidente da Câmara já não tem condições para continuar no cargo embora, como é costume em Portugal, procure arrastar-se no cargo contra ventos e marés através de expedientes pagos pelos contribuintes.
Nas mesmas circunstâncias encontram-se a Presidente de Câmara de Salvaterra de Magos e o da Câmara Municipal da Amadora também eles a braços com investigações e buscas nas sedes dos seus municípios.
Em Alpiarça a situação arrasta-se em paz podre com os membros da oposição na Assembleia Municipal a afirmarem que querem ver esta maioria deposta, mas sem vontade de renunciarem aos cargos que ocupam parecendo estarem reféns das senhas de presença.
Questões de urgente resolução arrastam-se pelos tribunais consumindo recursos que tanta falta nos fazem.
Escândalos de bradar aos céus ocorrem em diversas instituições do concelho com alguns dirigentes a assinarem de cruz coisas que depois abominam.
O medo instalou-se e agora até para afirmarem as mais elementares verdades de “La Palisse” as pessoas olham umas com um sorriso amarelo e olhar assustado não venha por aí alguma retaliação quer do executivo municipal quer do cromo combustível cá da terra.
A igreja tem o tecto a cair e os influentes da terra não fazem nada para o consertarem até parece que estão a espera que caía.
Amanha vamos gozar o Carnaval com o dinheiro que a Câmara disponibiliza e que tanta falta nos vai fazer ao longo do ano.
Bom por ultimo o Alberto João demitiu-se por não ter dinheiro nem capacidade para se endividar para cumprir o seu programa eleitoral, bom se a moda pega vai ser uma onda de demissões especialmente no poder autárquico, e era bom que começa-se por Alpiarça cujo nome até começa pela primeira letra do alfabeto.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A Longa Marcha

Se o fim da coligação PSD/CDS-PP fragilizou os alicerces do edifício politico que governa a Câmara Municipal de Lisboa, a recente investida da Policia Judiciária aos Paços do Concelho colocou a capital portuguesa em risco de ver o seu Executivo Municipal cair e ir para eleições municipais intercalares.
De facto uma vaga de suspeição caiu sobre os eleitos da capital com a vereadora Gabriela Seara, com o pelouro do urbanismo, a ver a sua casa ser alvo de buscas e a ser constituída arguida num processo especulação imobiliária.
Igualmente alvo de buscas domiciliárias foi o vice-presidente, independente eleito nas listas do PSD, Carlos Fontão de Carvalho, que, por enquanto, ainda não foi constituído arguido embora se tal vier a acontecer não será uma surpresa como diz o vereador do PCP, Ruben de Carvalho, ao Diário de Noticias de 31 /01/07 “há uma semana que ouvimos dizer que o vice-presidente Fontão de Carvalho vai ser constituído arguido”.
Se esta hipótese se concretizar a oposição já equaciona um cenário de eleições antecipadas nomeadamente o Partido Socialista que através do seu dirigente nacional José Lello considera João Soares como “alternativa válida” a Carmona, conforme escreve o Jornal Correio da Manhã de 31/01/07.
Embora Soares afirme ao CM não se querer por em bicos de pés, no que toca a esta matéria, o que é facto é que este membro da Comissão Nacional do PS não descartou de todo em todo uma hipotética candidatura á presidência da Câmara Municipal da capital.
Pois muito bem no que é que esta situação de instabilidade na Câmara Municipal de Lisboa nos afecta enquanto cidadãos alpiarcenses?
Aparentemente nada e digo aparentemente porque é minha convicção que se os habitantes da capital forem a votos e o Partido Socialista, com João Soares como cabeça de lista, vencer nós por Alpiarça termos a substituição do Presidente da Câmara Municipal, Rosa do Céu, pela actual vereadora do pessoal e cultura, Vanda Nunes ou em ultima análise, á semelhança dos alfacinhas, iremos também a votos se a oposição em bloco boicotar sistematicamente as iniciativas do novo executivo.
Para sustentar esta tese basta lembrar que Rosa do Céu entrou para a Comissão Nacional do Partido Socialista, durante o congresso que se realizou em Santarém, e pela mão de João Soares bastando, por isso, somar dois mais dois para sabermos qual vai ser o futuro do nosso Presidente de Câmara.
O futuro dirá se tenho ou não razão, até lá aguardemos novos desenvolvimentos na capital.