Átomo
Maio de 1945 o Exército Vermelho conquista Berlim, Hitler no seu bunker suicida-se com a sua amada Eva Braun terminando, assim na Europa, a 2º Guerra Mundial e com ela o sonho de um 3º Império com a duração prevista de mil anos.
Agosto de 1945 com a explosão sobre Nagasaki da segunda bomba atómica da história da humanidade terminava, com a rendição do Japão, a guerra do Pacífico e sanava-se definitivamente o conflito que opôs os Aliados ás potencias ditas do Eixo.
Mas um dado novo tinha sido introduzido nas relações das nações vencedoras, a descoberta de uma arma com um poder de tal forma destruidor que balanceava definitivamente os pratos da balança do equilíbrio de forças na Europa e no mundo.
Embora tivessem sido aliados na guerra contra o nazismo alemão, o facto è que a confiança mutua nunca tinha sido uma característica das suas relações bilaterais.
Os Estados Unidos apresentavam-se na frente da corrida relativamente produção e armazenamento de armas nucleares por isso impunha-se, na visão belicista dos outros antigos beligerantes, que para a manutenção do tal equilíbrio de forças todos fossem possuidores daquela tecnologia, que pelo seu poder destrutivo fosse factor de dissuasor de um futuro conflito no minimo idêntico ao da 2ª Guerra Mundial.
Deu-se então inicio a um período a que se convencionou chamar de Guerra Fria durante a qual tudo foi permitido para atingir a tão almejada energia nuclear.
Uma vez atingido esse objectivo começou-se seriamente a pensar em restringir ao máximo o numero de países que poderiam ser possuidores de tal tecnologia, assinando-se para o efeito o Tratado de não Proliferação de Armas Nucleares e criando-se também e sob a égide das Nações Unidas a Agência Internacional de Energia Atómica, para que depois os cinco países membros permanentes do Concelho de Segurança, que são quem na prática dominam a organização, melhor pudessem controlar o processo de obtenção da tecnologia nuclear por parte de outros países por um lado e assegurar a sua supremacia militar por outro.
Mas agora surgem no horizonte nuvens carregadas uma vez que começou a existir no contexto das nações vozes discordantes em relação ao monopólio da posse do tão desejado armamento.
Surge a Coreia do Norte, o Irão, que para além da União Indiana e do Paquistão, se julgam com direito a possuir tal armamento e acesso à tecnologia que também pode ser utilizada para fins pacíficos como por exemplo a produção de energia eléctrica.
Quem no concerto das nações se pode julgar com direitos especiais para proibir outros de possuir o que eles próprios possuem?
Ninguém. Mas é por causa disso que a reunião do G8 a decorrer na Alemanha está a descambar para a ameaça do reinicio da Guerra Fria com o apontar de misseis russos a alvos europeus e intenção americana de criar na Europa um escudo anti míssil.
È uma tristeza verificar que os mais ricos, e que mais responsabilidades têm na degradação do meio ambiente e no cavar das desigualdades sociais, em vez de debruçarem sobre a resolução dos problemas que eles próprios criaram se desviam para a criação de novos e mais perigosos conflitos que podem levar a extinção da raça humana.
Agosto de 1945 com a explosão sobre Nagasaki da segunda bomba atómica da história da humanidade terminava, com a rendição do Japão, a guerra do Pacífico e sanava-se definitivamente o conflito que opôs os Aliados ás potencias ditas do Eixo.
Mas um dado novo tinha sido introduzido nas relações das nações vencedoras, a descoberta de uma arma com um poder de tal forma destruidor que balanceava definitivamente os pratos da balança do equilíbrio de forças na Europa e no mundo.
Embora tivessem sido aliados na guerra contra o nazismo alemão, o facto è que a confiança mutua nunca tinha sido uma característica das suas relações bilaterais.
Os Estados Unidos apresentavam-se na frente da corrida relativamente produção e armazenamento de armas nucleares por isso impunha-se, na visão belicista dos outros antigos beligerantes, que para a manutenção do tal equilíbrio de forças todos fossem possuidores daquela tecnologia, que pelo seu poder destrutivo fosse factor de dissuasor de um futuro conflito no minimo idêntico ao da 2ª Guerra Mundial.
Deu-se então inicio a um período a que se convencionou chamar de Guerra Fria durante a qual tudo foi permitido para atingir a tão almejada energia nuclear.
Uma vez atingido esse objectivo começou-se seriamente a pensar em restringir ao máximo o numero de países que poderiam ser possuidores de tal tecnologia, assinando-se para o efeito o Tratado de não Proliferação de Armas Nucleares e criando-se também e sob a égide das Nações Unidas a Agência Internacional de Energia Atómica, para que depois os cinco países membros permanentes do Concelho de Segurança, que são quem na prática dominam a organização, melhor pudessem controlar o processo de obtenção da tecnologia nuclear por parte de outros países por um lado e assegurar a sua supremacia militar por outro.
Mas agora surgem no horizonte nuvens carregadas uma vez que começou a existir no contexto das nações vozes discordantes em relação ao monopólio da posse do tão desejado armamento.
Surge a Coreia do Norte, o Irão, que para além da União Indiana e do Paquistão, se julgam com direito a possuir tal armamento e acesso à tecnologia que também pode ser utilizada para fins pacíficos como por exemplo a produção de energia eléctrica.
Quem no concerto das nações se pode julgar com direitos especiais para proibir outros de possuir o que eles próprios possuem?
Ninguém. Mas é por causa disso que a reunião do G8 a decorrer na Alemanha está a descambar para a ameaça do reinicio da Guerra Fria com o apontar de misseis russos a alvos europeus e intenção americana de criar na Europa um escudo anti míssil.
È uma tristeza verificar que os mais ricos, e que mais responsabilidades têm na degradação do meio ambiente e no cavar das desigualdades sociais, em vez de debruçarem sobre a resolução dos problemas que eles próprios criaram se desviam para a criação de novos e mais perigosos conflitos que podem levar a extinção da raça humana.
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