sábado, novembro 17, 2007

A Caminho da Mudança

O ambiente político começa a agitar-se em Alpiarça, nada para admirar até porque estamos a pouco mais de 2 anos das próximas eleições autárquicas.
Depois de ter escrito que o actual Presidente da Câmara, Rosa do Céu, não completaria na integra este mandato porque sairia para ocupar um lugar que o seu amigo e camarada de partido, António Costa, lhe iria oferecer na autarquia da capital, agora a minha análise parece concretizar-se em parte pois é consensual em Alpiarça a saída de Rosa do Céu para a presidência uma das novas Regiões de Turismo, a ser criadas por decisão governamental, e que terá sede em Santarém.
Igualmente consensual é a subida à presidência do actual nº 2, Vanda Nunes, servindo-lhe estes dois anos de governação para a preparação da sua recandidatura em 2009.
Trata-se pois do mais importante desafio da carreira politica da actual vereadora da cultura e recursos humanos da edilidade alpiarcense porque se, por um lado, no final deste mandato se tem de debater com a delicada situação financeira município que a vai obrigar a tomar medidas draconianas de aperto orçamental, com todo o conjunto de medidas impopulares que tem de tomar, tem de gerir, por outro, uma campanha de imagem de impreendorismo que lhe permita ter sucesso na próxima ida às urnas por parte da população alpiarcense.
Mas se este dilema eleitoral se instalou no círculo governamental no domínio da oposição este mesmo problema não se afigura de fácil resolução se o objectivo for derrubar a actual maioria socialista.
O Partido Comunista refém da imagem duma governação por vezes despótica e catastrófica, no domínio da gestão financeira municipal, ainda não se conseguiu livrar deste estigma, muito aproveitado pelo Partido Socialista na campanha eleitoral para as anteriores eleições autárquicas, vê-se a agora a braços com uma crise interna, que em nada o favorece por dar a ideia de uma intolerância interna nada conducente com a democracia moderna em que vivemos, com o caso da deputada Luísa Mesquita e dos Presidentes de Junta de Freguesia eleitos nas suas listas no distrito de Santarém e que ameaçam demitir-se caso a actual vereadora da Câmara Municipal de Santarém for expulsa do partido.
O Partido Social-democrata com dois eleitos na Assembleia Municipal de Alpiarça, que nada fizeram de notório nestes dois anos, mudou de líder tanto a nível nacional como a nível distrital.
Nas eleições internas para as estruturas partidárias no nosso distrito os resultados mostraram uma contradição com as eleições internas a nível nacional, uma vez que mostraram uma evolução na continuidade, com a reeleição de Vasco Cunha apoiante do ex. líder Marques Mendes.
Perspectivam-se, por isso, mudanças na concelhia de Alpiarça embora a sua actividade seja nula e os seus dirigentes praticamente desconhecidos da população alpiarcense.
Tendo em conta a já referida situação económica difícil da Câmara e o espectro político partidário concelhio, o aparecimento de uma candidatura independente aglutinadora de vontades em prol de um projecto para o desenvolvimento efectivo do concelho livre do jugo dos interesses, mais ou menos escuros, dos partidos e dos lobies de interesses que gravitam na sua orbita é uma necessidade imperiosa.
Pois bem essa candidatura independente é já uma realidade.
Para liderar esta candidatura, que quase se poderá chamar de salvação municipal, estará já convidada Gabriela Coutinho, uma personalidade alpiarcense, com o carisma e capacidade de trabalho necessários e já demonstrados, aquando a sua passagem pela administração do Município como vereadora do pelouro da cultura e dos recursos humanos, para provocar a necessária mudança de rumo da nossa terra.
Pela dinâmica que impôs a estes dois pelouros perspectivam os apoiantes desta candidatura colocar Alpiarça na senda do progresso, que entretanto abandonou, dando então sim jus ao seu lema: Alpiarça vila tranquila com vida de qualidade.
Esperamos que, para bem de todos, que o consiga.