A Propósito de Tiros e...Pla Culatra
A vitória de Cuba pode considerar-se de Pirro pelo local onde foi alcançado, a Assembleia-geral da ONU.
Digo isto porque o que obtém um estado membro com a condenação de outro com quem está em litígio é meramente simbólico.
Vejamos dois casos concretos as condenações dos EUA e de Portugal na Assembleia-geral da ONU.
Diz o articulista logo de inicio " pela 16.ª vez consecutiva desde 1992 a Assembleia-geral das Nações Unidas pronunciou-se contra o criminoso bloqueio económico imposto pelos EUA a Cuba" muito bem e o que é que isto se traduziu na prática?
Os EUA foram alvo de sanções de qualquer espécie?
Os seus diplomatas e dirigentes políticos impedidos de viajar para qualquer destino no mundo?
As contas norte americanas foram congeladas em qualquer parte do mundo?
As empresas americanas foram impedidas de realizarem os seus normais negócios?
O bloqueio a Cuba terminou?
Pois é nada disso aconteceu está tudo como dantes "quartel-general em Abrantes".
No caso português quantas vezes foi o nosso país condenado pela Assembleia-geral das Nações Unidas por causa da política e guerra coloniais, quando já soprava pelo mundo inteiro o vento da descolonização que permitia a todos os povos serem livres de tomarem nas suas mãos o seu destino?
A política colonial mudou em face dessas condenações?
Fomos sujeitos a sanções económicas ou de qualquer outro tipo?
A guerra colonial terminou pelo nosso país ser colonialista e afrontar, de armas na mão, os legítimos proprietários daquelas terras a que pomposamente se chamavam de Províncias Ultramarinas?
Pois é mais uma vez nada disso aconteceu e no caso português se não fosse o eclodir do 25 de Abril de 1974 ainda estávamos a mandar tropas "para Angola e em força" como disse o recém-eleito grande português Oliveira Salazar.
Mas pode-se perguntar porque é que isto acontece?
Porque é que as resoluções aprovadas por larga maioria das nações, representadas no órgão nobre da ONU, não têm expressão prática no dia a dia das nações que a integram?
A resposta a estas duas questões é fácil de encontrar e de dar é que a Assembleia-geral das Nações Unidas é apenas um órgão simbólico onde se pode dizer e aprovar tudo e não cumprir nada.
O verdadeiro órgão de decisão é o Conselho de Segurança composto por 15 membros dos quais 5 permanentes e com direito a veto.
Pois muito bem quando as questões envolvem a geo politica e mexem com as zonas de influência do pós II Guerra Mundial então o que realmente interessa é o que se decide no referido Conselho, e quando as resoluções tomadas não agradam a um dos membros permanentes sai veto e pronto.
Meu caro Ângelo Alves sem querer ofender deixe dizer-lhe que a "eleição de Cuba para Comissão de Direitos Humanos da ONU" me deu uma enorme vontade de rir se a questão não fosse por si própria trágica semelhante ao que aconteceu com a China quando foi eleita para a mesma comissão.
Por ultimo é de referir que não defendo os EUA em detrimento de Cuba porque o que divide os dois regimes é o tamanho do território que ocupam e das forças armadas que suportam.
Digo isto porque o que obtém um estado membro com a condenação de outro com quem está em litígio é meramente simbólico.
Vejamos dois casos concretos as condenações dos EUA e de Portugal na Assembleia-geral da ONU.
Diz o articulista logo de inicio " pela 16.ª vez consecutiva desde 1992 a Assembleia-geral das Nações Unidas pronunciou-se contra o criminoso bloqueio económico imposto pelos EUA a Cuba" muito bem e o que é que isto se traduziu na prática?
Os EUA foram alvo de sanções de qualquer espécie?
Os seus diplomatas e dirigentes políticos impedidos de viajar para qualquer destino no mundo?
As contas norte americanas foram congeladas em qualquer parte do mundo?
As empresas americanas foram impedidas de realizarem os seus normais negócios?
O bloqueio a Cuba terminou?
Pois é nada disso aconteceu está tudo como dantes "quartel-general em Abrantes".
No caso português quantas vezes foi o nosso país condenado pela Assembleia-geral das Nações Unidas por causa da política e guerra coloniais, quando já soprava pelo mundo inteiro o vento da descolonização que permitia a todos os povos serem livres de tomarem nas suas mãos o seu destino?
A política colonial mudou em face dessas condenações?
Fomos sujeitos a sanções económicas ou de qualquer outro tipo?
A guerra colonial terminou pelo nosso país ser colonialista e afrontar, de armas na mão, os legítimos proprietários daquelas terras a que pomposamente se chamavam de Províncias Ultramarinas?
Pois é mais uma vez nada disso aconteceu e no caso português se não fosse o eclodir do 25 de Abril de 1974 ainda estávamos a mandar tropas "para Angola e em força" como disse o recém-eleito grande português Oliveira Salazar.
Mas pode-se perguntar porque é que isto acontece?
Porque é que as resoluções aprovadas por larga maioria das nações, representadas no órgão nobre da ONU, não têm expressão prática no dia a dia das nações que a integram?
A resposta a estas duas questões é fácil de encontrar e de dar é que a Assembleia-geral das Nações Unidas é apenas um órgão simbólico onde se pode dizer e aprovar tudo e não cumprir nada.
O verdadeiro órgão de decisão é o Conselho de Segurança composto por 15 membros dos quais 5 permanentes e com direito a veto.
Pois muito bem quando as questões envolvem a geo politica e mexem com as zonas de influência do pós II Guerra Mundial então o que realmente interessa é o que se decide no referido Conselho, e quando as resoluções tomadas não agradam a um dos membros permanentes sai veto e pronto.
Meu caro Ângelo Alves sem querer ofender deixe dizer-lhe que a "eleição de Cuba para Comissão de Direitos Humanos da ONU" me deu uma enorme vontade de rir se a questão não fosse por si própria trágica semelhante ao que aconteceu com a China quando foi eleita para a mesma comissão.
Por ultimo é de referir que não defendo os EUA em detrimento de Cuba porque o que divide os dois regimes é o tamanho do território que ocupam e das forças armadas que suportam.
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