Indignação
Casualmente ouvi hoje na Rádio Bonfim um programa chamado Manhã Tropical apresentado por um senhor brasileiro chamado Rosildo Oliveira e a que certa altura falou de ter visto na SIC uma reportagem onde se viam pessoas em Portugal a procurar comida no lixo, mais que os supermercados que habitualmente colocavam os produtos dentro de sacos de plástico e depois dentro dos contentores do lixo o iam deixar de fazer empurrando para a delinquência ou para morte pela fome aqueles que procuravam a sua subsistência nos ditos contentores do lixo.
É de facto uma vergonha para um país que faz alarde de pertencer ao clube europeu dos ricos que construiu estádios de futebol novos, para organizar um campeonato europeu de futebol, e onde agora poucos espectadores vão porque o nível do futebol praticado é pobre e bolsa dos portugueses está cada vez mais vazia, que vai construir um novo aeroporto enquanto investe fortunas na remodelação do existente sabendo que depois vai ser desactivado, que investe o dinheiro que não tem num comboio de alta velocidade quando ainda não rentabilizou o Alfa Pendular.
Mas voltando ao tema do apanhar comida no lixo esse facto a mim não me admira porque basta lembrar-nos das pessoas que caíram no desemprego, muitas delas marido e mulher com casa, carro para pagar e filhos a estudar, vitimas de deslocalizações selvagens e falências fraudulentas e com a idade que têm dificilmente encontram um novo emprego e vêm o dinheiro das indemnizações a escoar-se como água na areia do deserto.
Mas que fazem as grandes superfícies?
Apesar dos lucros monstruosos preferem deitar fora os produtos, a dá-los a quem, em desespero de causa, se lhes dirigir a pedi-los alegando que contribuem já para algumas organizações de carácter humanitário, só que estas organizações não chegam a todos e por vezes as pessoas têm vergonha de se lhes dirigir preferindo ir discretamente pedir ao gerente do supermercado da sua terra.
E que dizer da banca portuguesa, que segundo um jornal diário, lucra 6.6 milhões de euros por dia não podia contribuir para extinguir da nossa sociedade esta vergonha nacional?
Somos um país, como diz o outro, “em quem pode não quer e quem quer não pode” onde os ricos são cada vez mais ricos mas cada vez menos e os pobres são cada vez mais e agora condenados a morrerem de fome ou á cadeia por roubo.
No mesmo programa escutei um ouvinte intervir para afirmar que a culpa desta situação é dos políticos que são todos uns ladrões, isto prefigura a falência da nossa democracia e da sua constituição na qual se refere o respeito pela dignidade da ser humano, mas como pode uma sociedade zelar por estes valores enquanto os seus representantes se balanceiam para projectos faraónicos deixando uma parte dela morrer de fome?
Agra falando mas a nível da nossa terra e sobre esta problemática o executivo tem que ter uma intervenção de integração social, fazendo um recenseamento realista das situações mais problemáticas, elaborando protocolos com os supermercados existentes na nossa terra no sentido de os sensibilizar a dar, para uma estrutura municipal, os produtos que acabariam por deitar fora e que depois os distribuiria pelos mais necessitados.
Por ultimo quero agradecer ao Sr. Rosildo o facto de trazer á antena e no seu programa este tema que muitos tentam fazer crer que não existe assobiando para o lado e levando uma vidinha mesquinha e medíocre.
Bem haja.
É de facto uma vergonha para um país que faz alarde de pertencer ao clube europeu dos ricos que construiu estádios de futebol novos, para organizar um campeonato europeu de futebol, e onde agora poucos espectadores vão porque o nível do futebol praticado é pobre e bolsa dos portugueses está cada vez mais vazia, que vai construir um novo aeroporto enquanto investe fortunas na remodelação do existente sabendo que depois vai ser desactivado, que investe o dinheiro que não tem num comboio de alta velocidade quando ainda não rentabilizou o Alfa Pendular.
Mas voltando ao tema do apanhar comida no lixo esse facto a mim não me admira porque basta lembrar-nos das pessoas que caíram no desemprego, muitas delas marido e mulher com casa, carro para pagar e filhos a estudar, vitimas de deslocalizações selvagens e falências fraudulentas e com a idade que têm dificilmente encontram um novo emprego e vêm o dinheiro das indemnizações a escoar-se como água na areia do deserto.
Mas que fazem as grandes superfícies?
Apesar dos lucros monstruosos preferem deitar fora os produtos, a dá-los a quem, em desespero de causa, se lhes dirigir a pedi-los alegando que contribuem já para algumas organizações de carácter humanitário, só que estas organizações não chegam a todos e por vezes as pessoas têm vergonha de se lhes dirigir preferindo ir discretamente pedir ao gerente do supermercado da sua terra.
E que dizer da banca portuguesa, que segundo um jornal diário, lucra 6.6 milhões de euros por dia não podia contribuir para extinguir da nossa sociedade esta vergonha nacional?
Somos um país, como diz o outro, “em quem pode não quer e quem quer não pode” onde os ricos são cada vez mais ricos mas cada vez menos e os pobres são cada vez mais e agora condenados a morrerem de fome ou á cadeia por roubo.
No mesmo programa escutei um ouvinte intervir para afirmar que a culpa desta situação é dos políticos que são todos uns ladrões, isto prefigura a falência da nossa democracia e da sua constituição na qual se refere o respeito pela dignidade da ser humano, mas como pode uma sociedade zelar por estes valores enquanto os seus representantes se balanceiam para projectos faraónicos deixando uma parte dela morrer de fome?
Agra falando mas a nível da nossa terra e sobre esta problemática o executivo tem que ter uma intervenção de integração social, fazendo um recenseamento realista das situações mais problemáticas, elaborando protocolos com os supermercados existentes na nossa terra no sentido de os sensibilizar a dar, para uma estrutura municipal, os produtos que acabariam por deitar fora e que depois os distribuiria pelos mais necessitados.
Por ultimo quero agradecer ao Sr. Rosildo o facto de trazer á antena e no seu programa este tema que muitos tentam fazer crer que não existe assobiando para o lado e levando uma vidinha mesquinha e medíocre.
Bem haja.
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