Corajosos
Quem viu ontem o programa Prós e Contras na RTP1 deve ter ficado preocupado como eu com o futuro da democracia em Portugal.
Os militares não se entendem com os políticos, estes aprovam leis na Assembleia da Republica que sabem não poder cumprir e fazem-no para lhes calar a boca como foi o caso da lei 25/2000 que o Almirante Mendes Cabeçadas, Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, em declarações á estação de rádio TSF, disse ser inaplicável e deve ser por isso revogada, na mesma linha de pensamento vai o Ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira.
O descontentamento alastra no seio das forças armadas como prova o recente passeio de protesto levado a efeito no Rossio, de referir também que as organizações sócio profissionais dos três ramos das forças armadas estão a perder o controle da situação tendo sido criada uma comissão ad-hoc para coordenar a iniciativa.
Foi detido um elemento da marinha cuja libertação foi exigida pelo tribunal administrativo de Coimbra, mas esta decisão não foi acatada elo Chefe de Estado-maior da Marinha invocando razões de interesse nacional.
Embora cumprindo o preceituado na lei mas ao não cumprir uma ordem judicial o Sr. Almirante não cuidou do interesse nacional, colocou em causa o estado de direito democrático, foi apenas prepotente, e lançou um “aviso á navegação” dando a entender que quem tem as armas são os militares e se os políticos não crescem então há que tomar as medidas necessárias para que se resolvam os problemas da Instituição Militar, tendo em linha de conta o seu carácter especifico., tanto em direitos como em deveres, em nada semelhantes aos civis como o governo quer.
Preocupante foi também a intervenção de um general na reforma que afirmou que o poder politico estava a empurrar os militares para a rua.
Mas o que é que isto tem a ver com Alpiarça? Tudo.
Alpiarça sempre foi uma terra de luta pela liberdade mas se os militares saírem de novo á rua será um sinal inequívoco da falência da democracia, como aliás aconteceu com o 28 de Maio de 1926 que assinalou o fim da 1ª Republica, com os resultados que todos conhecemos colocando em causa todo o sacrifício feito pelos Alpiarcenses tanto nas cadeias da policia politica como nas duras condições de vida na clandestinidade, que levou uns á morte, outros á doença e a outros á impossibilidade de darem aos seus filhos a hipótese de serem” meninos” como disse Soeiro Pereira Gomes nos seus Esteiros.
Se este cenário se vier a concretizar, esperemos que não, então é que veremos quem são os corajosos capazes de lutar pela democracia e aqueles que eu apelidei de Maquiavélicos por viverem subservientes aos detentores do poder.
Deixo aqui esta minha reflexão para que estejamos alerta para o pior porque “quem avisa amigo é”.
Os militares não se entendem com os políticos, estes aprovam leis na Assembleia da Republica que sabem não poder cumprir e fazem-no para lhes calar a boca como foi o caso da lei 25/2000 que o Almirante Mendes Cabeçadas, Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, em declarações á estação de rádio TSF, disse ser inaplicável e deve ser por isso revogada, na mesma linha de pensamento vai o Ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira.
O descontentamento alastra no seio das forças armadas como prova o recente passeio de protesto levado a efeito no Rossio, de referir também que as organizações sócio profissionais dos três ramos das forças armadas estão a perder o controle da situação tendo sido criada uma comissão ad-hoc para coordenar a iniciativa.
Foi detido um elemento da marinha cuja libertação foi exigida pelo tribunal administrativo de Coimbra, mas esta decisão não foi acatada elo Chefe de Estado-maior da Marinha invocando razões de interesse nacional.
Embora cumprindo o preceituado na lei mas ao não cumprir uma ordem judicial o Sr. Almirante não cuidou do interesse nacional, colocou em causa o estado de direito democrático, foi apenas prepotente, e lançou um “aviso á navegação” dando a entender que quem tem as armas são os militares e se os políticos não crescem então há que tomar as medidas necessárias para que se resolvam os problemas da Instituição Militar, tendo em linha de conta o seu carácter especifico., tanto em direitos como em deveres, em nada semelhantes aos civis como o governo quer.
Preocupante foi também a intervenção de um general na reforma que afirmou que o poder politico estava a empurrar os militares para a rua.
Mas o que é que isto tem a ver com Alpiarça? Tudo.
Alpiarça sempre foi uma terra de luta pela liberdade mas se os militares saírem de novo á rua será um sinal inequívoco da falência da democracia, como aliás aconteceu com o 28 de Maio de 1926 que assinalou o fim da 1ª Republica, com os resultados que todos conhecemos colocando em causa todo o sacrifício feito pelos Alpiarcenses tanto nas cadeias da policia politica como nas duras condições de vida na clandestinidade, que levou uns á morte, outros á doença e a outros á impossibilidade de darem aos seus filhos a hipótese de serem” meninos” como disse Soeiro Pereira Gomes nos seus Esteiros.
Se este cenário se vier a concretizar, esperemos que não, então é que veremos quem são os corajosos capazes de lutar pela democracia e aqueles que eu apelidei de Maquiavélicos por viverem subservientes aos detentores do poder.
Deixo aqui esta minha reflexão para que estejamos alerta para o pior porque “quem avisa amigo é”.
1 Comments:
Excelente post. Esta merda ainda vai dar molho.
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