sexta-feira, janeiro 25, 2008

A Brincar Com a Saúde

Que o país está doente já ninguém duvidava, que os cortes cegos na area da saúde iriam dar, mais cedo ou mais tarde, maus resultados também não, mas que todos viéssemos a saber desta forma brutal a confirmação desta realidade ninguém estava à espera!
Um homem cai na sua residencia em Favaios, Alijó e, depois de ser solicitada ajuda através do 112, fica-se a saber que em duas corporações de bombeiros, daquela zona, naquela noite fatídica só existiam dois bombeiros de serviço, um em cada quartel, viria a falecer por alegada falta de assistencia porque os meios humanos que seriam necessários para situações deste género não existiam.
Tudo isto acontece no Portugal profundo, aquele que não é mostrado aos ilustres visitantes da União Europeia, onde os cidadãos são de segunda ou terceira categoria e os politicos, a quem competia zelar pela sua saúde e bem estar, só os conhecem na altura das eleições, para lhes arrancar o voto.
Esta situação responde, por si só, à pergunta do Presidente da Republica, Anibal Cavaco Silva, " o que è preciso fazer para que nasçam mais bébés em Portugal?"
A saúde, que os portugueses pagam muito caro, ao contrário do que está estabelecido na Constituição da Republica Portuguesa, que preconiza um serviço nacional tendencialmente gratuito, è algo de muito frágil que a qualquer momento pode estar comprometido sendo, por isso, necessário a existência de uma estrutura que aproxime, o mais rapidamente e nas melhores condições, os doentes dos profissionais quer nos centros de saúde como nos hospitais.
Nesta estrutura de aproximação não podem, apesar da sua boa vontade e louvável abnegação, existir amadores porque com a saúde dos portugueses não se brinca!
Ainda o Ministro da Saúde, Correia de Campos, tenta justificar o injustificável em relação a este caso, já novo escândalo rebenta no seu ministério com a compra, por sete milhões de euros, de uma aplicação informática denominada Alert P1 que é incompatível com o sistema informático já existente nos centros de saúde e hospitais!
Posto isto pergunta-se como è possível que este ministro ainda se encontre em funções?
Como é possível que a oposição ainda não tenha mobilizado os seus militantes, e não só, para as ruas, como diz José Estaline ni seu blogue Estrela Vermelha, para que em 1º lugar se apurem as responsabilidades, as verdadeiras e não as fictícias arranjadas de acordo com as conveniências politicas do momento, e em 2º para forçar o 1º ministro a cumprir o seu dever e demitir Correia de Campos de imediato?
Estas e outras perguntas ficarão, como è obvio, sem resposta porque o Governo em geral e este Ministro em particular irão encontrar, entre os mais fracos, como seria de esperar, os responsáveis tanto pela tragédia em Favaios como pela má gestão manifesta na compra da aplicação informática Alert P1 e porque a oposição está mais preocupada com em provar que tem mais de 5000 militantes, e escapar desta forma à extinção, do que se preocupar com as incompetências e prepotências deste governo.
Por ultimo cabe aqui, na minha opinião, perguntar ao Executivo Municipal se este triste acontecimento de Favaios se pode repetir em Alpiarça porque alguns sinais de alerta já estão a ser dados tais como a inexistência de médico de familia para todos os habitantes, a necessidade de alguns terem que se deslocar de madrugada para a porta do Centro de Saúde para obterem o receituário de que necessitam.
Para o bem de todos espero que estas falhas sejam rapidamente superadas!